O Transtorno Borderline é uma condição que coloca a pessoa numa posição limítrofe entre a saúde mental e o estado patológico. Ou seja, é muito difícil de entender quando alguém realmente tem esse transtorno de personalidade.
Por isso, também, existem muitas falsas informações a respeito desse quadro. Então, se você quer saber mais a respeito do Transtorno Borderline, siga lendo!
O que é o Transtorno de Borderline
Dentro da área da psiquiatria, quem estuda o Transtorno de Borderline é a psicopatologia. A partir disso, essa condição é definida como uma espécie de transtorno de personalidade. Até mesmo por isso, é conhecida também como “transtorno de personalidade limítrofe”.
Dito isso, se formos pensar nessa nomenclatura, tanto em inglês quanto em português, temos algumas pistas do que se trata. Dessa forma, perceba que há a presença de palavras como “limítrofe”, que caracterizam o quadro.
Ou seja, esses indivíduos estão sempre à margem das emoções, numa espécie de confusão emocional. Então, isso ocorre junto com a presença de fatores como o medo de ser rejeitado e uma necessidade mais extrema de cuidado.
Por isso, quem tem Transtorno de Borderline, tende a ter uma interferência grande dessa condição nos seus relacionamentos interpessoais. Sendo assim, com o passar do tempo, muitos vínculos acabam se mostrando insustentáveis e se quebram.
No entanto, engana-se quem pensa que é fácil identificar e diagnosticar essa condição. Isso ocorre uma vez que os sintomas, que veremos mais adiante, são similares ao de outros transtornos, como a bipolaridade.
Portanto, muitas vezes há uma dificuldade no diagnóstico, que pode ser equivocado ou sem precisão. Dessa maneira, identificar uma pessoa com esse quadro requer uma consulta com um especialista na área.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais (DSM-5), o Transtorno de Borderline se associa a mudanças acentuadas de humor. Assim, é este manual quem dá, por exemplo, as condições de diagnóstico.
Hoje em dia, estima-se que esse transtorno de personalidade atinja de 1,6% a 5,9% da população. Contudo, estes números podem variar para mais ou menos, dependendo de algumas condições e locais de estudo.
Quais são as causas?
É difícil apontar as causas do Transtorno de Borderline especificamente. Isto ocorre porque, até onde os estudos conseguem demonstrar até hoje, não há um fator particular que origine essa condição.
No entanto, o que acontece é uma conjunção de fatores que atuam como agentes desencadeadores. Então, entre os principais estão os seguintes:
- Disfunções neurológicas;
- Predisposição genética;
- Exposição a bullying ou a outros tipos de abuso psicológico que levam ao desgaste emocional;
- Experiências traumáticas quando criança, como abusos sexuais e separação abrupta de pessoas próximas;
- Ter sofrido experiência de abandono ou algum tipo de negligência.
Além disso, com relação aos fatores de risco, vale a pena destacar a predisposição genética. Dessa forma, de acordo novamente com o DSM-5, esse transtorno de personalidade é até cinco vezes mais comum em quem tem parentes de primeiro grau que são borderline também.
De modo complementar, outro fator que ajuda a desencadear é o uso de substâncias. Dessa maneira, a dependência química também pode estar ligada ao desenvolvimento do borderline.
Sintomas do Transtorno Borderline
Entre os critérios observados pelos psiquiatras para diagnosticar o Transtorno de Borderline temos alguns sintomas em especial. No entanto, como falamos antes, eles podem ser facilmente confundidos com outros transtornos, caso sua percepção não seja treinada.
Dessa maneira, entre os principais sintomas temos os seguintes:
- Instabilidade emocional;
- Medo de abandono;
- Demonstrações de raiva;
- Alta insegurança e baixa autoestima, a ponto de deturpar a própria imagem;
- Comportamentos compulsivos;
- Impulsividade;
- Dificuldade com situações frustrantes;
- Tendência ao suicídio;
- Ideação paranoide;
- Potencial de automutilação.
Além disso, um indivíduo com transtorno de personalidade borderline pode ter outros comportamentos específicos. Por exemplo, ter um esforço exagerado contra abandonos que são reais ou até mesmo que são imaginários.
Outro fator é com relação aos seus relacionamentos interpessoais. Assim como já mencionei antes, eles tendem a ser instáveis, oscilando entre idealização e desvalorização da pessoa. Ou seja, também são intensos.
Com relação à deturpação da sua imagem e identidade, há igualmente uma instabilidade. Dessa maneira, o borderline se coloca para baixo, e pode ter comportamentos potencialmente autodestrutíveis.
Neste último ponto, é possível exemplificar alguns comportamentos potencialmente autodestrutíveis. Assim, pense em compulsão alimentar, uso de drogas, relacionamentos sexuais de risco, direção irresponsáveis.
Ademais, é possível haver também recorrência desses comportamentos autodestrutíveis ou até tentativas de suicídio. Outro fator que pode acontecer é também a automutilação.
Tratamento
Como você já deve ter visto até aqui, diagnosticar o Transtorno de Borderline não é uma tarefa simples. Dessa maneira, é um processo que carece de um profissional. Ou seja, essa publicação serve como auxiliar, e não serve para diagnosticar.
Agora, então, vamos falar sobre um próximo passo, o qual é relacionado ao tratamento. Saiba que tratar essa condição serve também para evitar que o indivíduo acabe indo na direção de abusar de drogas e álcool ou ter outros comportamentos autodestrutíveis, por exemplo.
Além disso, como o borderline é limítrofe, ele está entre a patologia e a saúde mental. Por isso, é mais um fator dificultante, e que expõe ainda mais a necessidade de um profissional qualificado para o diagnóstico.
Desse modo, vale a pena ressaltar que existem diferentes níveis deste transtorno de personalidade. Ou seja, alguns têm quadros mais leves, outros já possuem níveis mais exacerbados, sobretudo com relação aos sintomas.
Portanto, os métodos de tratamento também levam isso em consideração. Assim, pode ser que só a psicoterapia já seja suficiente, sobretudo em quadros leves. Entretanto, a intervenção farmacológica também pode ser necessária para aliviar sintomas.
Então, podemos tirar duas conclusões disso. Primeiramente, esta é uma condição que precisa realmente de ajuda especializada. Segundo, que cada caso é diferente e requer soluções distintas, uma vez que cada indivíduo é único.
Você conhece alguém com Transtorno de Borderline? Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários!
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